Parnamirim
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Paralisação de servidores da saúde acende alerta em Parnamirim k3g23
11/06/2025 10h34 h6r28
Por: Hiago Luis21z1s
Foto: Reprodução / Sindsaúde-RN.
A manhã desta quarta-feira (11) está sendo marcada por mobilização dos servidores da saúde pública de Parnamirim, na Grande Natal. Em ato organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (Sindsaúde-RN), a categoria cruzou os braços por 24 horas, atualmente na frente da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nova Esperança, a única do município. A paralisação atingiu também postos de saúde da cidade, afetando serviços como vacinação, aplicação de injetáveis e até mesmo a troca de curativos.
A mobilização é a primeira de uma série de três paralisações já aprovadas em assembleia da categoria, realizadas nos dias 11, 18 e 23 de junho. No último dia, está prevista uma nova assembleia com indicativo de greve por tempo indeterminado, caso não haja avanço nas negociações com a Prefeitura.
Entre as principais reivindicações dos profissionais estão o pagamento de gratificações, progressões de carreira e licenças para capacitação. “Estamos em luta desde o início deste ano, porque vários de nós não conseguem progredir na carreira. Deveríamos receber um abono salarial ao completar mais um ano de trabalho ou uma formação, e isso não está sendo cumprido”, desabafou uma servidora presente ao ato.
A categoria também denuncia a defasagem salarial. De acordo com o sindicato, os servidores estão há seis anos sem recomposição. “Um técnico de enfermagem está ganhando menos de um salário mínimo como salário-base. Isso é inissível. Não vamos aceitar essa política de desvalorização dos servidores”, declarou Paulo Martins, diretor do Sindsaúde-RN.
Durante a manifestação, o dirigente ainda destacou: “Estamos aqui juntos para alertar a Prefeitura, alertar a prefeita Nilda, que os trabalhadores não vão ficar os quatro anos de mandato dela aceitando isso ivamente.”
A concessão de férias sem remuneração — prática implantada na gestão anterior e renovada no início da atual gestão da prefeita Nilda Cruz (Solidariedade) — foi revogada recentemente após pressão dos trabalhadores. No entanto, os demais pontos seguem pendentes. Segundo o sindicato, os profissionais também enfrentam déficit de pessoal, sobrecarga de trabalho, estruturas precárias nas unidades de saúde, além de casos recorrentes de assédio moral.
Procuradas pela reportagem, a Prefeitura de Parnamirim e a Secretaria Municipal de Saúde (Sesad) ainda não haviam se pronunciado até a publicação desta matéria. A assessoria da Prefeitura informou que uma nota será enviada à imprensa em breve. Assim que isso ocorrer, o conteúdo será atualizado com as informações oficiais da gestão.
Autor: Hiago Luis
